Bom dia gente.
Tive a
oportunidade, neste domingo, de ir ao circo do ator Marcos Frota, com meus
filhos.
Impossível não fazer uma leitura sobre o que experimentei.
Quanto ao
circo, um empreendimento profissional da mais alta qualidade. Um ambiente agradável, limpo, organizado e muito bem gerido, mesmo não estando, em Arapiraca com toda a sua
estrutura. Os artistas, em sua maioria,
jovens, que não aparentam mais de 23 ou 25
anos. Segundo informações do próprio Frota, oriundos da universidade do circo, um projeto de
parceria entre Governo brasileiro, Unicef e Unesco, com o propósito de recriar o circo brasileiro. Um investimento milionário.
Atrações excelentes, incluindo-se, algumas crianças. E por falar nelas, não
pude deixar de refletir sobre alguns aspectos. Fui abordado por um menino,
pedindo-me ajuda para comprar o ingresso. Não
haviam muitos nessa condição. Percebi que a atmosfera lúdica, mágica, cheia de encanto é um atrativo, quase irresistível.
Mas pelo horário ou preço, não haviam crianças pobres.
Que contraste.
Um circo cheio de artistas infantis, para um público
de crianças bem vestidas, acompanhadas,
mas com outros tantos meios de diversão, inclusive centenas de
smartphones.
Não há como negar o sinal dos
efeitos da educação: formação de uma nova geração de artistas circenses. Esse
um ponto positivo, demonstrando que é possível reconstruir muitas coisas nesse país com investimento dessa
natureza.
Fiquei
refletindo, entretanto, sobre os espaços para o lazer de nossos
meninos e meninas que talvez não saibam exatamente se comerão pelo dia. Não possuem celulares especiais,
nem mesmo estariam acompanhados pelos pais, num circo com esse perfil. Elas
também tem seus sonhos, ilusões e desejos.
Não deixa de ser irônico sentir-se tão melancólico em um ambiente permeado por alegria, mas a constatação de que há algo errado quanto ao acesso a prazeres simples como a ida ao circo sugere reflexões aprofundadas e respostas imediatas. Ótimo texto, professor Jadney.
ResponderExcluirÉ verdade professor Jadney,a alegria que podemos proporcionar aos nossos filhos, momentos gratificantes que ficarão marcados pra sempre em nossas vidas, nos entristece ao vermos que a desigualdade social é tão grande, que a euforia que sentimos, se torna um nada perante crianças, futuros de nosso Brasil, onde os mesmos não têm o direito a um simples café da manhã, o que dizer de um dia de lazer com seus pais. Mas vamos em frente, pessoas como o senhor podem mudar a história desse nosso Brasil, quem sabe um dia a ilusão torna-se realidade. Abraços...
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